28 janeiro 2005
Recordando 25.08.2004
Quarta-feira, 25 de Agosto.
Um dia óptimo para mergulhar. As Rias Baixas, em Grove, Espanha, são um local bastante aprazível para este desporto.
Seria mais um mergulho. No entanto, este seria inesquecível.
Mergulhei com um espanhol. Um sujeito simpático, para quem a vida merece ser vivida com boa disposição. Mora em Madrid, adora o Mar.
A vinte metros de profundidade, tive um problema com o meu material. O regulador desmontou-se. Fiquei sem ar.
Subir à superfície seria o fim. Teria, de certeza, uma sobrepressão pulmonar. Os pulmões arrebentariam.
Olhei em volta. Ali estava ele, com a cabeça entre duas rochas a apreciar um magnifico polvo.
Toquei-lhe de leve nas costas. Virou-se para mim. O olhar de espanto por ver o estado do meu regulador.
Prontamente entregou-me o seu regulador e pude encher os pulmões de ar.Subimos para a superfície, cumprindo todos os parâmetros de segurança.
Em terra firme, conversamos sobre o que aconteceu. Um abraço selou aquele momento.
Provavelmente, nunca mais o verei. Nem preciso.
Tenho a sua imagem gravada para sempre.
No mergulho, como na vida, é sempre importante ter alguém por perto.
25 janeiro 2005
O Leãozinho
Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho
Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho
Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um imã
O meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu
Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba
Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar numa
Caetano Veloso
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho
Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho
Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um imã
O meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu
Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba
Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar numa
Caetano Veloso
22 janeiro 2005
20 janeiro 2005
Ode ao Mar
EMB
Água, sal e vontade – a vida!
Azul – a cor do céu e da inocência.
Um lenço a colorir a despedida
Da galera da ausência...
Mar tenebroso!
Mar tenebroso!
Mar fechado e rugoso
Sobre um casto jardim adormecido!
Mar de medusas que ninguém semeia,
Criadas com mistério e com areia,
Perfeitas de beleza e de sentido!
Vem a sede da terra e não se acalma!
Vem a sede da terra e não se acalma!
Vem a força do mundo e não te doma!
Impenitente e funda, a tua alma
Guarda-se no cristal duma redoma.
Guarda-se purificada em leve espuma,
Guarda-se purificada em leve espuma,
Renda da sua túnica de linho.
Guarda-se aberta em sol, sagrada em bruma,
Sem amor, sem ternura e sem caminho.
O navio do sonho foi ao fundo,
O navio do sonho foi ao fundo,
E o capitão, despido, jaz ao leme,
Branco nos ossos descarnados;
Uma alga no peito, a flor do mundo,
Uma fibra de amor que vive e treme
De ouvir segredos vãos, petrificados.
Uma ilusão enfuna e enxuga a vela,
Uma ilusão enfuna e enxuga a vela,
Uma desilusão a rasga e molha;
Morta a magia que pintava a tela,
O mesmo olhar de há pouco já não olha.
Na órbita vazia um cego ouriço
Na órbita vazia um cego ouriço
Pica o silêncio leve que perpassa...
Pica o novo feitiço
Que nasce do final de uma desgraça.
Mas nem corais, nem polvos, nem quimeras
Mas nem corais, nem polvos, nem quimeras
Sobem à tona das marés...
O navio encalhado e as suas eras
Lá permanecem a milhentos pés.
Soterrados em verde, negro e vago,
Soterrados em verde, negro e vago,
Nenhum sol os aquece.
Habitantes do lago
Do esquecimento, só a sombra os tece...
Ela que és tu, anónimo oceano,
Ela que és tu, anónimo oceano,
Coração ciumento e namorado!
Ela que és tu, arfar viril e plano,
Largo como um abraço descuidado!
Tu, mar fechado, aberto e descoberto
Tu, mar fechado, aberto e descoberto
Com bússolas e gritos de gajeiro!
Tu, mar salgado, lírico, coberto
De lágrimas, iodo e nevoeiro!
Miguel Torga
19 janeiro 2005
Do meu vagar
Já não há mais o vagar
de quando se comia sentado
e devagar se caminhava
até chegar a qualquer lado
agora vai toda a gente
sempre de mão na buzina
sempre na linha da frente
a tremer de adrenalina
Do meu vagar não traço rotas
não tenho trilho que me prenda
não tiro dados nem notas
não encho uma linha de agenda
do meu vagar não chego a Meca
não faço nada num só dia
não corto a fita da meta
não vejo Roma nem Pavia
Do meu vagar
sei que nunca hei-de ir longe
vou aonde for preciso
vou indo do meu vagar
em busca do tempo perdido
e se um dia o encontrar
o longe não faz sentido
Do meu vagar há um nicho
um pico de ilha insubmersa
onde há lugar para o capricho
que dá pelo nome de conversa
do meu vagar a paisagem
ainda tem beleza em bruto
e vale mais uma palavra
que mil imagens por minuto
Do meu vagar
sei que nunca hei-de ir longe
vou aonde for preciso
vou indo do meu vagar
em busca do tempo perdido
e se um dia o encontrar
o longe não faz sentido.
Carlos Tê
de quando se comia sentado
e devagar se caminhava
até chegar a qualquer lado
agora vai toda a gente
sempre de mão na buzina
sempre na linha da frente
a tremer de adrenalina
Do meu vagar não traço rotas
não tenho trilho que me prenda
não tiro dados nem notas
não encho uma linha de agenda
do meu vagar não chego a Meca
não faço nada num só dia
não corto a fita da meta
não vejo Roma nem Pavia
Do meu vagar
sei que nunca hei-de ir longe
vou aonde for preciso
vou indo do meu vagar
em busca do tempo perdido
e se um dia o encontrar
o longe não faz sentido
Do meu vagar há um nicho
um pico de ilha insubmersa
onde há lugar para o capricho
que dá pelo nome de conversa
do meu vagar a paisagem
ainda tem beleza em bruto
e vale mais uma palavra
que mil imagens por minuto
Do meu vagar
sei que nunca hei-de ir longe
vou aonde for preciso
vou indo do meu vagar
em busca do tempo perdido
e se um dia o encontrar
o longe não faz sentido.
Carlos Tê
18 janeiro 2005
Uma marca histórica
Recentemente o instrutor de mergulho técnico Mark Ellyat, de Phuket, Tailândia conseguiu quebrar uma incrível marca: O mergulho solo mais profundo da história, chegando a 313 metros, com o suporte de 12 mergulhadores.
A descida até a referente profundidade durou meros 12 minutos, e Mark utilizou-se de apenas 60 segundos para verificar a marcação e confirmar a quebra do recorde. Em compensação a subida levou 6 horas e 40 minutos.
O regulador escolhido por Mark para a façanha foi o MARES MR22 Abyss, que teve uma excelente performance em condições difíceis, como a temperatura quase congelante da água abaixo dos 200 metros e a alta demanda de gás.
Foi o primeiro mergulho solo realizado abaixo dos 300 metros em que o mergulhador não sofreu nenhum tipo de complicação relacionada com descompressão.
Escola Mergulho Barcelos
Foi hoje oficialmente constituida, através de escritura notarial, a Escola de Mergulho de Barcelos, associação da qual eu me orgulho pertencer.
Apesar de já existir há alguns anos, este projecto deu hoje um salto na afirmação e desenvolvimento do mergulho no norte do País.
Temos por objecto o ensino, promoção e divulgação das actividades subaquáticas, nomeadamente do mergulho com escafandro, apneia, saídas organizadas para o mar, assim como todas as actividades culturais, desportivas e de defesa ambiental directa ou indirectamente relacionadas com o meio aquático.
Quem pretender mais informações pode ligar para:
Armando: 936 673 413
Mouro: 965 249 182
Luís: 962 909 730
Lembrem-se que MERGULHAR É AMAR O MAR.
Menino do Rio
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção, corpo aberto no espaço
Coração de eterno flerte
Adoro ver-te
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto pra Deus proteger-te
O Havaí seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo eu desejo o teu desejo
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção como um beijo
Caetano Veloso
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção, corpo aberto no espaço
Coração de eterno flerte
Adoro ver-te
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto pra Deus proteger-te
O Havaí seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo eu desejo o teu desejo
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção como um beijo
Caetano Veloso
15 janeiro 2005
Subscrever:
Mensagens (Atom)